Artigos e crônicas

Lembro meu tempo de infância, lá pelos meus nove anos, quando era dia de feira. À tarde, meu pai chegava sempre trazendo um livrinho chamado romance ou folheto, dependendo do tamanho. De 16 páginas para frente, era romance; de 8 páginas era folheto. Ele sempre comprava na feira, mesmo sem saber ler nada, era apenas um roceiro analfabeto.

Texto publicado originalmente em 04 de junho de 2012 em meu blog (Poeta Jorge Henrique), depois que recebemos a visita de Evando Santos, o homem-livro, em Nossa Senhora da Glória. Eis o início de tudo:

Tive o prazer de conhecer Iara Vieira, primeiro através de sua poesia, que me foi apresentada pelo meu querido professor José Araújo Filho, depois, pessoalmente, por intermédio do mesmo professor, que a convidou, juntamente com o poeta Ronaldson Sousa, para um debate sobre criação poética e crítica literária em nossa turma de graduação em Letras da...

Vivemos entre idealistas, disse um senhor que esperou uma hora numa fila de banco para pagar uma conta ao meu lado. Inquietei-me com tal afirmação, mas não resisti, a intervenção do pensamento me fez refletir sobre tal afirmação e, como não aprendi outra coisa na vida senão pensar em literatura, fiquei a devanear sobre os escritores contemporâneos....

Ah! Quão doce nos sussurra a vaidade intelectual, a palavra intelectual é carinho e afago na face dos grandes egos e suas engenhosas perdas de tato com o mundo social. Percebo uma mudança drástica na intelectualidade moderna, na busca pelos antídotos para os orgulhos acadêmicos e a mediocridade criticada; assim como outras palavras, que ao decorrer...